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Formada em Administração de Empresas com especialização em Auditoria e Gestão em Saúde. Consultora em qualidade e Gestão por Processos na área da saúde para hospitais e operadoras de planos de saúde.Professora de Pós Graduação na área da Qualidade em Saúde. Mestre em Desenho, Gestão e Direção de Projetos.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Modelos de remuneração e hierarquização de procedimentos

Por Mitos, verdades e desafios no relacionamento entre operadoras e prestadores de serviço.
Onde tudo começou?
No modelo de sistema de mutualismo.
É inegável o modelo de sucesso que foi oferecer a um número maior de pessoas, planos de saúde, através de um sistema de mutualismo. Como em muitos outros serviços ou produtos, seu início ficava restrito a um número muito pequeno de pessoas que tinha condições de pagar. Com saúde não foi diferente.
É muito caro receber assistência de profissionais qualificados, portanto os prestadores tinham um pequeno número de clientes, mas não o suficiente para levar a um crescimento vigoroso do setor.
O sucesso deste sistema também só foi possível devido a parceria que houve entre as operadoras de planos de saúde e os prestadores de serviços. Estes com o compromisso de reduzirem o preço dos seus serviços e as operadoras, por seu lado, atrair um maior número de clientes e fazer a gestão administrativo-financeira do sistema.
Através do sistema de mutualismo foi possível ampliar consideravelmente o acesso a estes profissionais qualificados e um dos resultados disso é o forte crescimento e desenvolvimento que tivemos do setor de saúde nos últimos anos.
Mas por falar de crescimento e desenvolvimento, como será que anda a "Saúde Financeira" do Setor de Saúde no Brasil? Segundo um estudo do IBGE (Fonte: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais) temos os seguintes dados do Setor de Saúde:
A renda gerada pelas atividades econômicas ligadas à saúde cresceu 8,9%, entre 2005-2007 no Brasil. A participação do setor passou de 5,5%, em 2005, para 6,0% (R$ 137,9 bilhões) em 2007. Desse total, R$ 48 bilhões corresponderam à Saúde Pública. O consumo de bens e serviços de saúde, em 2007, representou 8,4% do PIB.
A despesa das famílias com bens e serviços de saúde chegou a R$ 128,9 bilhões (4,8% do PIB), dos quais R$ 69 bilhões representaram gastos com serviços de saúde e R$ 45 bilhões com medicamentos.
Entre 2005 e 2007, a renda gerada pelas atividades do setor de saúde cresceu 8,9%, enquanto o aumento de renda total da economia brasileira foi de 9,7%. A Saúde Pública, incluindo hospitais universitários federais e unidades de saúde militares representou 34,8% desse total. Os serviços privados de saúde foram responsáveis por 32,4%.
O valor adicionado bruto (geração de renda) das atividades de saúde foi de R$ 119,0 bilhões, em 2006, e de R$ 137,9 bilhões, em 2007. Isto representa um crescimento de mais de 16% de um ano para o outro.
Normalmente, consideramos uma boa notícia quando determinado setor apresenta um crescimento vigoroso no PIB, porque isso indica que as empresas estão oferecendo produtos e serviços que os clientes valorizam e pretendem adquirir.
Sob certo aspecto, portanto, devemos tomar como uma boa notícia o fato de os brasileiros estarem destinando uma parcela cada vez maior de sua renda à assistência médica. Isto significa que valorizam a boa saúde. E, sem dúvida, estarão gastando melhor com a saúde do que com outras diversões. Mas todos nós sabemos que não é bem assim e, sob outro aspecto, a notícia é assustadora, pois não há ninguém feliz no setor de saúde.
As operadoras reclamam da forte regulamentação por parte da agência e dos altos custos da assistência médica; os médicos reclamam da baixa remuneração e da interferência das operadoras na relação deles com seus pacientes, e estes, assim como seus patrocinadores, dos fortes reajustes.
Aumento do custo da saúde no orçamento das empresas vem acarretando forte perda de competitividade internamente e em mercados mundiais. Para se ter uma idéia, um estudo nos USA em 2007 evidenciou que os gastos com assistência médica acrescentam US$ 1,5 mil ao custo de cada automóvel vendido.
Entretanto, conforme dados do Caderno de Informações da ANS de Junho 2.011, podemos verificar na tabela abaixo que as vendas continuam fortes. Em 2010 tivemos um crescimento de 9,0% do número de vínculos de beneficiários e 13,2% das receitas.
Por outro lado, quanto a evolução da sinistralidade, observamos que tem variado muito pouco ao longo dos últimos 5 anos. A princípio isto pode indicar que, para o modelo e condições atuais do setor, e, apesar da pressão regulatória, as empresas tenham encontrado o ponto de equilíbrio, isto é, conseguiram se adequar a este nível de sinistralidade mantendo uma rentabilidade satisfatória. O que me leva a esta conclusão é o crescimento apontado anteriormente, posto que, se as operadoras estivessem perdendo dinheiro, não estariam aumentando suas vendas.
Também, não há como negar e reconhecer o esforço que houve por parte das operadoras para reduzir seus custos administrativos a fim de se adequar a este novo perfil setorial, mas só isso não seria possível uma vez que a parcela dos custos administrativos é um componente pequeno. De onde viria a outra parte?
Para tentar encontrar esta resposta temos que olhar como anda o outro "lado da mesa" e é aí que começam as más notícias conforme mostra um estudo do IBGE (Estatísticas da Saúde - Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária 2009) sobre a evolução dos estabelecimentos de saúde no Brasil nos últimos anos. A seguir vamos mostrar apenas alguns trechos, dados e seus respectivos gráficos do estudo para termos uma idéia do impacto do "crescimento" do número dos beneficiários e dos prêmios das operadoras com uma sinistralidade "estável" nos últimos anos.
Obedecendo a uma tendência iniciada em 1999, os estabelecimentos com internação vêm diminuindo seu número, devido à desativação de estabelecimentos privados com internação. O setor privado perdeu 392 estabelecimentos com internação no período de 2005 a 2009, já o setor público registrou um aumento de 112 estabelecimentos, resultando em uma perda total de 280 estabelecimentos com internação. Deste modo, o setor público vem aumentando sua participação relativa na oferta de serviços com internação, que de 38,1% em 2005 passa a assumir 41,3%, em 2009.
Esta diminuição nos estabelecimentos privados de saúde com internação resultou em um crescimento negativo em quase todas as Grandes Regiões do País, com exceção da Região Norte, que registra um aumento relativo de 2,3% no total de estabelecimentos com internação. As regiões que mais perderam estabelecimentos são a Centro-Oeste (-7,8%) e a Nordeste (-5,6%). No setor público, os maiores aumentos foram verificados nas Regiões Norte (9,3%) e Sudeste (7,3%).
O número de leitos apurados pela pesquisa AMS 2009 foi de 431.996, sendo 152.892 (35,4%) públicos e 279.104 (64,6%)privados.
Acompanhando a tendência observada nos estabelecimentos com internação, também os leitos tiveram reduzida a sua oferta nos estabelecimentos de saúde, em 11.214 leitos entre 2005 e 2009.
Esta redução em quase todas as regiões do País, tendo a Região Norte como exceção, onde houve crescimento anual no número de leitos de 1,0%. Em todas as Grandes Regiões, ocorreu uma diminuição no número de leitos, sendo maior no Nordeste (-1,7%) e no Centro-Oeste (-1,4%). Os leitos públicos aumentaram em 0,6% ao ano no País (3.926 leitos), resultante do aumento em quase todas as regiões com exceção da Região Sul, onde ocorreu decréscimo de 398 leitos (-0,7%).
Quanto à taxa de leitos por 1 000 habitantes, ela também sofre uma redução, caindo de 2,4 para 2,3 leitos por 1 000 habitantes. Com essa redução, que atinge todas as regiões do País, somente a Região Sul (com 2,6 por 1 000 habitantes) atinge valores deste indicador dentro do parâmetro preconizado pelo Ministério da Saúde, que fica entre 2,5 e 3 leitos por 1 000 habitantes.
A continuar assim, as operadoras não terão leitos para todos beneficiários que necessitarem de uma internação, portanto elas estarão vendendo o que não têm. É necessário resgatar a parceria que tiveram no início da ruptura do sistema com a implantação do Sistema de Mutualismo, do contrário não haverá serviços de saúde a serem oferecidos aos beneficiários.
Atualmente o principal modelo de remuneração utilizado pelo setor é o Fee-For-Service ou pagamento por serviço prestado. Neste modelo, todos os insumos e serviços são discriminados detalhadamente quando da apresentação da conta hospitalar à operadora por parte dos prestadores de serviços de saúde, o que exige grandes áreas administrativas para análise dessas contas tanto nas operadoras e quanto nos prestadores de serviços.
Este modelo possui uma lógica de remuneração que privilegia uma relação de custo-benefício perversa, com custos administrativos elevados e que não geram valor agregado na produção dos melhores resultados de saúde para os beneficiários.
Segundo Shannon Brownlee no livro: "Overtreated: Why too much medicine is making US sicker and poorer": "Cerca de 50% dos serviços de saúde consumidos são resultados da orientação dos médicos e dos fornecedores de hospitais, e não da demanda ou da necessidade dos pacientes".
Fonte: FEHOSPAR

Especialização é o caminho para ser diferente?

Hoje as instituições trabalham recursos e não competências. A oncologia, por exemplo, é a moda da vez, aponta o Superintendente do Hospital Nove de Julho



Todos buscam prover serviços de alta complexidade. Talvez pelas margens maiores, ou pela abrangência no atendimento, quiçá por puro modismo, mas o fato é que há uma tendência de concentração por parte dos hospitais na oferta de tratamentos complexos. Tal cenário instiga uma questão pertinente.  Quais devem ser as competências essenciais para diferenciar uma instituição de saúde do mercado?
Esta foi a proposta de um dos Intercâmbios de Ideias realizados durante o 9º Saúde Business Forum, na Praia do Forte (BA). O encontro, que reúne mais de 150 líderes do setor, entre operadoras, hospitais, indústria e representantes do governo, propõe temas para serem debatidos entre os participantes.
Em resposta a provocação da mesa, a especialização médica foi uma das alternativas levantadas pelos participantes. “Hoje as instituições trabalham recursos e não competências. A oncologia, por exemplo, é a moda da vez. Existem muitos hospitais que não têm nenhum “DNA” nesta área e começam a investir nisso”, ressalta Luiz de Luca, superintende do Hospital Nove de Julho, que tem a gastroenterologia como uma de suas referências.  
Na opinião do executivo não basta comprar um PET-CT e um equipamento de radioterapia para se autodenominar um Centro Oncológico. “Onde está a competência ai?”, indaga Luca.
Para o diretor do Pró-Cardíaco, Charles Souleyman, para que um hospital encontre o seu diferencial é preciso identificar quais são as suas competências reais e aprender com experiências de gestão e processos de outros setores.  “Esse balanço vai guiar de forma correta a linha de diferenciação da instituição”, explica.
Parece consenso entre os participantes de que os hospitais têm de parar de olhar a “grama do vizinho” o tempo todo e agir de acordo com seu expertise. “Temos que tomar cuidado com a questão da inovação na área da saúde para não criarmos um setor pasteurizado. O hospital será bem sucedido se entregar segurança, conforto e carinho. Aspecto visual e hotelaria não são competências essenciais”, afirma Souleyman.
O Pró-Cardíaco, por exemplo, é considerado um hospital especializado de médio porte, com 100 leitos, e referência na especialidade cardiológica – inclusive com indicadores assistenciais compatíveis aos melhores do mundo. “Somos um sobrevivente ao massacre econômico dos hospitais”, enfatiza o diretor.
Atualmente a entidade investe fortemente em pesquisas com células tronco no tratamento de infarto. Segundo o executivo, isso é uma reafirmação de sua competência essencial.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Baixa complexidade é oportunidade para hospitais de especialidade

Grandes instituições, muitas vezes, negligenciam procedimentos mais simples. Existem entidades aproveitando esta lacuna como é o caso do Hospital Paulista

Por Guilherme Batimarchi 

Hospitais de todo o Brasil têm investido verdadeiras fortunas na expansão de suas unidades, disponibilizando novas especialidades e opções de tratamento, principalmente voltados para a alta complexidade, mais rentável para as instituições.
Apesar de necessária, toda essa atenção deixa uma lacuna nos procedimentos de baixa complexidade, que acabam se tornando um nicho de mercado promissor para hospitais de especialidades e pequeno porte. E é procurando preencher essa lacuna que o Hospital Paulista pretende crescer. “Na busca por baratear os procedimentos de média e alta complexidade, os grandes convênios estão verticalizando seus serviços assistenciais, sobretudo nas áreas de  Cardiologia, Oncologia, Ortopedia e Neurologia. Para nós, isso é uma oportunidade”, aponta o o diretor-presidente da instituição, Braz Nicodemo Neto.
Especializado em Otorrinolaringologia, o hospital tirou proveito desse cenário e expandiu suas instalações para receber a demanda suprimida de procedimentos mais simples, e muitas vezes, negligenciados pelas grandes instituições. Em 2010, a instituição investiu cerca de R$ 5 milhões na reformulação dos mais de 40 leitos de internação, a construção de dois novos leitos de UTI e a aquisição de equipamentos mais modernos.
Em 2011, como parte do plano estratégico para ganhar o mercado de baixa complexidade, o Paulista terá sua fachada reformada dando destaque à unidade. A recuperação consumiu cerca de R$ 800 mil, com a compra de imóveis, para expansão da fachada, projeto arquitetônico e obras.
A conclusão do projeto está prevista para o final do segundo semestre deste ano. “Nós não tínhamos muitos atrativos, por isso decidimos fazer uma repaginação do hospital, trazendo serviços de hotelaria para a unidade, uma nova UTI, e destacar a instituição para dar mais conforto ao médico e segurança ao paciente. Com isso esperamos alcançar um incremento de 30% nos resultados”, ressalta Neto. 
Apostando na falta de interesse dos hospitais por essa área e, em razão da baixa remuneração dos procedimentos, a direção do Hospital Paulista estabeleceu o seu foco. “Nós somos um hospital de especialidade e vendo esse cenário achamos um grande filão no mercado e podemos ganhar em volume”, afirma Neto.
Com 70 operadoras credenciadas, no Paulista, são realizadas, em média, 500  cirurgias por mês, chegando a mil procedimentos no mês de julho devido as férias escolares. “Um otorrino pode agendar até quatro cirurgias em uma mesma manhã, o que seria difícil em um hospital geral. O valor que ganhamos por procedimento é muito menor do que o de um neurologista, por isso a rotatividade tem que ser maior”, completa Neto.
Para comportar a demanda sem comprometer a qualidade do atendimento e a segurança do paciente, a instituição adotou uma série de processos para agilizar a rotatividade das salas cirúrgicas, entre eles, a preparação de kits com material cirúrgico para cada tipo de procedimento, o que reduziu a ociosidade dos equipamentos.
“Os hospitais de grande porte acabam tendo que ter todos os tipos de materiais cirúrgicos para todos os tipos de cirurgias que são realizadas nele. Então ganhamos também neste caso, onde não há desperdício ou ociosidade de materiais, uma vez que estamos focados em apenas uma especialidade”.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Veja salário de profissionais de planos de saúde

Por Saúde WEB

Pesquisa da Catho Online, empresa de classificados online de currículos, traz média salarial de profissionais de diversas áreas da saúde.
Confira a remuneração do setor de Operadoras de Planos de Saúde/Assistência Médica:
Cargo: Gerente de Contas Médicas
Média salarial: R$ 8.259
Cargo: Coordenador, Supervisor ou chefe de Contas Médicas de Operadoras de Planos de Saúde Assistência Médica: R$ 3.722
Cargo: Assistente Social de Operadoras de Planos de Saúde
Média salarial: R$ 2.395
Cargo: Supervisor de Atendimento
Média salarial: R$ 2.341
Cargo: Analista de Contas Médicas
Média salarial: R$ 1.404
Cargo: Agente de Atendimento
Média salarial: R$ 898
Metodologia:
O estudo é atualizado a cada três meses e traz dados de mais de 1.800 cargos,
de 218 áreas de atuação profissional e de 48 ramos de atividade econômica, dentro de 21 regiões geográficas do Brasil, além de 7 faixas de faturamento para classificação de porte de empresa.

A RN 267 de agosto 2011 e sua importância para os usuários de planos de saúde

Por Adrianos Loverdos

Em 25 de agosto último a ANS divulgou a seguinte notícia em seu site:
http://www.ans.gov.br/index.php/a-ans/sala-de-noticias-ans/a-ans/741-operadoras-deverao-divulgar-a-qualificacao-dos-prestadores-de-servico
“A determinação está prevista na Resolução Normativa 267, publicada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta quinta-feira, 25 de agosto/2011, que dispõe sobre a divulgação da Qualificação da Rede dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar.”
O que isso significa?
Quem quiser pode visualizar a norma no link abaixo:
http://www.ans.gov.br/index2.php?option=com_legislacao&view=legislacao&task=TextoLei&format=raw&id=1801
ou ainda fazer o download em formato .pdf
Significa, pessoal, que acabou a tolerância para a falta de segurança nos serviços de saúde. Não mais serão admitidos erros básicos e primários que levam a lesões graves e até irreversíveis.
Na minha modesta contribuição para a auditoria médico hospitalar, o livro publicado em 1997 (lá se vão quase quinze anos) no capítulo sobre credenciamento está lá, de maneira extremamente rudimentar mas efetiva, a recomendação para que as operadoras de planos de saúde avaliem, critiquem e classifiquem sua rede credenciada. Tem até uma sugestão para esta tarefa ser desempenhada de maneira organizada.
Pois bem, muitas operadoras não se preocuparam com isso e muitos hospitais se acomodaram, por diversos motivos e até o momento não buscaram sua certificação.
Não se trata do “diploma” pendurado na parede do hospital, por favor não imaginem tal absurdo!
Agora será uma luta contra o tempo pois: “Art. 10. A RN nº 124, de 30 de março de 2006, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos:
“”Art. 44-A. Utilizar a ausência ou a perda dos atributos de qualificação dos prestadores de serviço como critério, exclusivo, de descredenciamento de prestadores.
Sanção – advertência;
multa de R$ 35.000,00.”
“Art. 44-B. Deixar de incluir os atributos de qualificação dos prestadores
de serviço em seus materiais de divulgação da rede assistencial no prazo estabelecido.
Sanção – advertência;
multa de R$ 35.000,00.”
“Art. 44-C. Deixar, a operadora que possua rede própria de prestadores, de fornecer informações relevantes para fomentar o uso dos indicadores de monitoramento da qualidade assistencial.
Sanção – advertência;
multa de R$ 35.000,00.”"
Ainda há tempo, mas não o suficiente para a maioria dos hospitais não certificados deste nosso país.
Minha sugestão: por favor, trabalhem firme na gestão da segurança e da qualidade de suas instituições e façam isso o quanto antes!

Planos vão ressarcir SUS por atendimento de alto custo

Por Agência Brasil | Paula Laboissière

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai cobrar dos planos de saúde o ressarcimento de atendimentos ambulatoriais de alta complexidade feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Estão incluídos quimioterapia e procedimentos relativos à saúde mental. Até agora, o SUS cobrava apenas pelas internações de clientes de planos de saúde.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a pasta definiu novos critérios com o objetivo de aprimorar a cobrança por atendimentos de quem é cliente de planos de sáude. Outra medida anunciada estabelece que a ANS vai repassar ao Fundo Nacional de Saúde (FNS) todo o valor recolhido por esses ressarcimentos.
“Por muitos anos, o dinheiro era arrecadado, mas a ANS não conseguia repassar esse recurso para o SUS usar em melhorias no atendimento à população”, explicou Padilha. Antes, os valores eram destinados a gestores do SUS, que transferiam o dinheiro para a unidade de saúde prestadora do serviço. A ANS tem em caixa R$ 62 milhões referentes a ressarcimentos que ainda não transferidos.
Pelas novas regras, a agência vai definir critérios para a fixação de um valor mínimo de cobrança. O objetivo é evitar a cobrança de procedimentos cujo custo administrativo é maior do que o próprio valor do ressarcimento. “Às vezes, você tem muitas cobranças de valores muito pequenos. O trabalho para fazer a cobrança de um procedimento muito barato era igual ao de um procedimento de altíssima complexidade”, explicou o ministro.
No início do mês, a ANS publicou uma resolução ampliando o rol de procedimentos que devem ter cobertura obrigatória dos planos de saúde. São 69 itens que incluem 41 cirurgias que utilizam câmera de vídeo, como a bariátrica (de redução do estômago) e a de tratamento do refluxo gastroesofágico.
A obrigatoriedade de atendimento para os novos procedimentos vale a partir de 1º de janeiro de 2012 e o rol de serviços beneficia usuários de planos de saúde contratados a partir de 1º de janeiro de 1999.
O ministério informou que, de janeiro à julho deste ano, R$ 32,6 milhões foram cobrados das operadoras apenas para ressarcir as despesas do SUS com internações de segurados de planos privados. Atualmente, 46 milhões de brasileiros têm planos de saúde para atendimento médico, hospitalar e ambulatorial.

ONA lança selo de qualificação para prestadores de serviços

Por Saúde Web

A Organização Nacional de Acreditação (ONA) deve lançar entre outubro e novembro deste ano o manual para avaliação e certificação dos Serviços para a Saúde – Selo de Qualificação ONA.
O novo instrumento é dirigido aos serviços de apoio às organizações prestadoras de serviços para a saúde (OPSS), como os serviços de processamento de roupas; esterilização e de reprocessamento de materiais; manipulação de drogas antineoplásticas, dietas parenterais e serviços de dietoterapia.
Para obter o selo, que terá validade de um ano, os serviços devem atender aos requisitos de elegibilidade: se enquadrar no conceito de Serviços para a Saúde, conforme determina a Norma para o Processo de Avaliação específica; estar legalmente constituído há pelo menos um ano; possuir CNPJ distinto de qualquer OPSS; possuir alvará de funcionamento; licença sanitária; licenças pertinentes à natureza das atividades; registro do responsável técnico, conforme o perfil do Serviço para a Saúde (SPS); e ter a estrutura e processamento do produto totalmente independente da organização prestadora de serviços de saúde do cliente.
De acordo com a ONA, o novo instrumento de avaliação foi desenvolvido por um Comitê Técnico formado por profissionais com experiência em acreditação na área de saúde. Além disso, ficou disponível para consulta pública, no portal da organização. O resultado da consulta, que recebeu 54 contribuições, serviu para consolidar o manual e desenvolver as Normas para o Processo de Avaliação (NAs) desses serviços.
O instrumento de avaliação para o selo é composto de seções e subseções, onde para cada subseção existe um padrão – que têm como princípio a Gestão com Foco na Segurança – que deve ser integralmente atendido. O Manual Brasileiro de Acreditação para o Selo de Qualificação ONA inclui quatro seções – Gestão e Liderança; Processamento e Liberação; Apoio; e Infraestrutura. As subseções tratam do escopo específico de cada serviço ou processo, atribuindo a todos o mesmo grau de importância dentro do sistema de avaliação.

Avanço do turismo médico pode ser legado para a Copa de 2014, diz Montone

Por Verena Souza

Às vésperas de uma Copa do Mundo e, em seguida, de uma Olimpíada, o Brasil corre para conseguir atender a demanda por serviços que está por vir. O setor de saúde obviamente é parte integrante da corrida. “Os eventos esportivos são uma oportunidade de a gente reduzir os problemas e atrair cada vez mais o turismo médico”, diz o Secretário Municipal de Saúde de São Paulo, Januário Montone, durante o Medical Travel Meeting 2011.
Aproximadamente 31 mil estrangeiros buscam o Brasil para tratamentos médicos por ano e a estimativa é de que o segmento cresça 35% até 2016. De acordo com Montone, está na hora dos hospitais aprenderem a ofertar seus serviços no exterior organizadamente. “Hoje isso é feito de forma segmentada. Não existe um pacote fechado, que envolva ações de saúde e turísticas por exemplo”, enfatiza.
Atualmente, os seguros saúde que são vendidos para pacientes estrangeiros no Brasil são comercializados por seguradoras na origem e não no destino.
Parceria entre público e privado
Os hospitais de excelência filantrópicos do País gerenciam instituições públicas como é o caso do Albert Einstein, Sírio-Libanês, Samaritano, entre outros. É através dessas parcerias que a saúde pública pode tirar proveito do turismo médico. “Estamos conversando para organizar o fluxo de atendimento. As emergências públicas poderão, por exemplo, serem utilizadas, e ,tratamentos posteriores, direcionados aos particulares”, explica o Secretário.
Algumas das ações que estão sendo feitas pelo Ministério da Saúde, tendo em vista a proximidade dos eventos esportivos são: integração das redes de emergência, interação com centros mundiais na busca de conhecimento e integração nas áreas administrativas entre o público e o privado, a fim de traçar o fluxo do paciente.
“A saúde é um desafio permanente. Temos dificuldades de tratar os pacientes locais. Não é possível dizer que a saúde está a frente de outros setores, mas existe uma preocupação real e uma força tarefa em prol dessa questão”, afirma a assessora do Ministro Alexandre Padilha, Nise Yamaguchi.