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Formada em Administração de Empresas com especialização em Auditoria e Gestão em Saúde. Consultora em qualidade e Gestão por Processos na área da saúde para hospitais e operadoras de planos de saúde.Professora de Pós Graduação na área da Qualidade em Saúde. Mestre em Desenho, Gestão e Direção de Projetos.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Operadoras deverão divulgar a qualificação dos prestadores de serviço

As operadoras de planos de saúde deverão divulgar informações sobre a qualificação de sua rede de prestadores de serviço, oferecendo ao cidadão mais informações na hora de escolher um plano ou um prestador de serviços em saúde.

A determinação está prevista na Resolução Normativa 267 , publicada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no dia 25 de agosto, que dispõe sobre a divulgação da Qualificação da Rede dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar.

Entre as informações que deverão ser divulgadas sobre hospitais, laboratórios e clínicas estão: certificado de qualificação de hospitais e laboratórios (acreditação), participação no programa de notificação de eventos adversos da Anvisa e publicação de indicadores de qualidade. Para profissionais de saúde, deverão ser divulgadas informações de sua qualificação profissional determinadas pelos respectivos conselhos e entidades de classe.

Segundo Bruno Sobral, diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS: “ficará mais claro para o consumidor, no material de divulgação das operadoras, quais prestadores investem na qualificação. Com esta resolução, a ANS objetiva estimular a concorrência no setor baseada em critérios de qualidade e não somente em preço e marca, além de dar a oportunidade de maior destaque aos prestadores que buscam se qualificar”.
A partir da publicação da norma será criado um comitê gestor para discussão das regras, composto por operadoras, prestadores de serviços, beneficiários de planos de saúde e pesquisadores, além de órgãos de defesa do consumidor. As regras para operacionalização da norma serão editadas em instruções normativas, segundo as quais as operadoras deverão adaptar os seus materiais de divulgação (livros, site etc).

Fonte: FEHOSPAR

Enfermagem: confira média salarial do setor

Por Saúde WEB

Pesquisa da Catho Online, empresa de classificados online de currículos, traz média salarial de profissionais de diversas áreas da saúde.
Confira a remuneração dos profissionais que atuam em enfermagem:
Cargo: Enfermeiro
Média salarial: R$ 2.693
Cargo: Técnico em Radiologia
Média salarial: R$ 2.149
Cargo: Técnico de imobilização ortopédica
Média salarial: R$ 1.853
Cargo: Técnico de Enfermagem
Média salarial: R$ 1.266
Cargo: Auxiliar de Enfermagem
Média salarial: R$ 1.241
Cargo: Estagiário de Enfermagem
Média salarial: R$ 631

Metodologia:
O estudo é atualizado a cada três meses e traz dados de mais de 1.800 cargos, de 218 áreas de atuação profissional e de 48 ramos de atividade econômica, dentro de 21 regiões geográficas do Brasil, além de 7 faixas de faturamento para classificação de porte de empresa.
*Acompanhe a média salarial de outros cargos do setor ao longo do mês no Saúde Web!

Planos darão desconto de até 30% para quem se prevenir

Operadoras deverão estimular a adesão dos beneficiários ao programa podendo oferecer desconto nas mensalidades aos que aderirem.

Por Saúde WEB

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou nesta segunda-feira (22) a Resolução Normativa 265 que incentiva a participação dos beneficiários em programas de envelhecimento ativo, com a possibilidade de descontos e prêmios.
De acordo com a agência, o objetivo da norma é ampliar o esforço para inverter a lógica existente hoje no setor, pautado pelo tratamento da doença e não pelo cuidado da saúde. Para isso, as operadoras deverão estimular a adesão dos beneficiários a programas de promoção da saúde e envelhecimento ativo, podendo oferecer desconto nas mensalidades dos clientes que aderirem.
O programa é extensivo aos planos de saúde individuais ou familiares e coletivos empresariais ou por adesão. A formatação dos programas será individualizada para cada plano, considerando, inclusive, a região de residência do beneficiário.
Na proposta da ANS, o beneficiário que aderir a algum programa deste tipo poderá ter o desconto, sem discriminação por idade ou doença preexistente. E não será permitido vinculá-lo a resultados alcançados. O desconto ou a premiação estará vinculado apenas à participação.
Programas voltados para o envelhecimento ativo envolvem ações para a prevenção e para o acesso a cuidados primários de saúde que visam detectar e gerenciar precocemente as doenças crônicas.

Johnson & Johnson promove treinamento a auditores

Por Verena Souza

A Johnson & Johnson Medical Brasil, por meio da DePuy, uma de suas unidades de negócios especializada nas áreas de ortopedia, em parceria com a Associação Paulista de Auditoria Médica (APAM), tem promovido programas de treinamento contínuo para auditores em saúde. O objetivo da companhia é promover conhecimento profundo a esses profissionais em determinadas especialidades.
De acordo com o diretor da Johnson & Johnson Medical Innovation Institute, George Marques da Silva Filho, o projeto nasceu da demanda do próprio mercado. “Percebemos a importância de se levar mais conhecimento principalmente sobre novas tecnologias e procedimentos cirúrgicos mais complexos. Foram eles que identificaram quais eram as áreas de maior necessidade”, explica.
Segundo o diretor, os assuntos apontados são, geralmente, de alta complexidade e de alto custo. “O treinamento dá mais segurança aos auditores na hora da tomada de decisão. Eles não estão preocupados com glosas e, sim, se eles estão levando o melhor para o paciente”, afirma Marques.
Dois treinamentos foram realizados este ano. O primeiro, em maio, abordou o tema “Cirurgia Bariátrica”. O segundo, ocorrido em agosto, tratou sobre “Cirurgia de Coluna”.
Conflito: operadoras x prestadores
Na opinião de Marques, a iniciativa gera maior qualidade e eficiência ao sistema, além de diminuir os conflitos existentes entre operadoras e prestadores quanto à liberação, por parte dos planos de saúde, de determinados procedimentos.
“O Conhecimento gera qualidade na tomada de decisão e contribui para a eficiência da cadeia. Nós acreditamos muito na informação”, ressalta.
Os temas “Cirurgias ortopédicas” e “Hemodinâmica (Endovascular, neurovascular e eletrofisiologia) serão os próximos treinamentos a serem ministrados.

Serviço:

-Contato para participar dos treinamentos: (011) 3030-8800 e innovationinstitute@its.jnj.com
-Os treinamentos não são pagos pelos participantes, as unidades de negócio absorvem os custos. Além de variar de acordo com a parceria estabelecida.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Regras mais rigorosas do CFM para conter propaganda enganosa

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou regras rigorosas para a publicidade de serviços dos médicos.

Esta resolução proíbe os médicos a:
·          Anunciar o uso de técnicas “milagrosas” ou aparelhos com capacidade privilegiada
·          Participar de concursos ou premiações para eleger o “médico do ano” ou o “profissional de destaque”.
·          Publicação de imagens de pacientes relatando os resultados obtidos em um tratamento, os conhecidos “antes” e “depois”, mesmo que o paciente tenha autorizado
·          Utilizar imagem de pessoas famosas em propagandas de serviços médicos (uso do nome, imagem e voz).
·          Conceder entrevistas para autopromoção e divulgar o endereço e telefone do consultório nas redes sociais.
·          Realizar consultas pela internet e/ou por telefone
·          Associar seu nome a produtos ou empresas aprovando e garantindo a sua eficácia.

Os profissionais poderão utilizar redes sociais, como blog, para divulgar informações de caráter educacional ou preventivo, como descrever os sintomas de uma determinada doença.
As regras se aplicam ainda a sociedades médicas e hospitais públicos e privados. Em caso de descumprimento será aberto um processo pelo conselho para apurar a denúncia. Se comprovada, o médico ou entidade sofrerá penalidade, que vai de advertência à cassação do registro.
Os profissionais e as entidades têm 180 dias para se adaptar à nova resolução, que atualiza as normas anteriores, vigentes desde 2003

Fonte: SAÚDE WEB. Disponível em:  http://saudeweb.com.br/23485/cfm-impoe-regras-mais-rigorosas-para-conter-propaganda-enganosa-2/

Pesquisa de média salarial dos profissionais de Auditoria em Saúde

A Remuneração varia entre R$ 900,00 e R$ 9.000,00

Cargo: Gerente de Auditoria
Média salarial: R$ 9.297
Cargo: Médico Auditor Sênior (4 horas/dia)
Média salarial: R$ 6.475
Cargo: Médico Auditor Pleno (4 horas/dia)
Média salarial: R$ 5.537
Cargo: Médico Auditor Júnior (4 horas/dia)
Média salarial: R$ 4.601
Cargo: Enfermeiro Auditor Sênior
Média salarial: R$ 3.654
Cargo: Enfermeiro Auditor Pleno
Média salarial: R$ 2.970
Cargo: Enfermeiro Auditor Júnior
Média salarial: R$ 2.459
Cargo: Assistente de Auditoria
Média salarial: R$ 1.382
Cargo: Auxiliar de Auditoria
Média salarial: R$ 990


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Planos de saúde devem fazer procedimentos reparadores

Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 20 mil por cirurgia recusada. decisão é valida para os planos: Unimed, Assim, Amil, Bradesco Saúde, Cassi e Pame

por Saúde Web
  •  Na última semana, a juíza Maria da Penha Nobre Mauro, da 5ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, concedeu liminar para obrigar seis planos de saúde a autorizarem as intervenções reparadoras quando houver indicação médica para tanto. De acordo com a publicação, a decisão é valida para os planos: Unimed, Assim, Amil, Bradesco Saúde, Cassi e Pame.
Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 20 mil por cirurgia recusada. O pedido foi feito pela Defensoria Pública. De acordo com o órgão, a não retirada do excesso de pele no tratamento de obesidade mórbida, ocasionado pela drástica perda de peso, pode gerar diversos problemas como: dificuldade de locomoção; assaduras e infecções; deformidade evidente; e baixa auto-estima.
Para a defensoria, a cirurgia ultrapassa os limites estéticos. De acordo com a juíza, as cirurgias de remoção de excesso de pele (retirada do avental abdominal, mamoplastia redutora e a dermolipoctomia braçal) consistem no tratamento indicado contra infecções e manifestações propensas a ocorrer nas regiões onde a pele dobra sobre si mesma, o que afasta, inequivocamente, a tese sufragada pela parte ora recorrente no sentido de que tais cirurgias possuem finalidade estética.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ferramenta desenvolvida por militares ajuda a diminuir erros nos hospitais

 
As falhas de comunicação são identificadas como as principais causas de danos inadvertidos aos pacientes. Dados da Joint Comission para os EUA, em 2008, indicam a participação da falha de comunicação em 70% das causas primárias nas ocorrências de eventos adversos.
Os principais fatores que interferem no processo de comunicação levando a Eventos Adversos são mudança ou troca de pacientes, qualidade da informação registrada no prontuário, a notificação de incidentes, a hierarquia inibindo os profissionais juniores ao se reportarem aos superiores, dificuldades de transmissão de informação dentro e entre organizações de grande porte.
O uso de ferramentas de comunicação melhora o processo de informação entre os profissionais da assistência, como o check list cirúrgico realizado antes de se iniciar um procedimento, além de uma ferramenta desenvolvida pelos militares, o SBAR, em inglês: Situation, Background, Assessment, Recomendation, que fornece uma estrutura previsível para uma mensagem, iniciando com o esclarecimento do problema, dando informações básicas, seguido por uma avaliação da situação e uma recomendação. Essa ferramenta traz bons benefícios aos grupos de profissionais que foram ensinados a se comunicar em diferentes estilos, criando uma linguagem comum.
O trabalho em equipe é outro fator chave para uma maior segurança do paciente, e que na área de saúde tem diferentes entendimentos dependendo da profissão do membro da equipe. Há estudos relatando que os médicos referem ver um trabalho de equipe efetivo quando os enfermeiros antecipam suas necessidades e seguem suas instruções (Makary, Sexton, 2006, p 748). Por outro lado as enfermeiras avaliam como bom trabalho em equipe aquele em que suas contribuições são respeitadas (Baker et al. 2007).
Os resultados dos estudos sugerem que 70 a 80% dos eventos adversos em saúde são causados por fatores humanos associados com a pouca comunicação e entendimento entre equipes (Schaefer, Helmreich, 1994), destacando ser crucial para gestores e supervisores entenderem como o trabalho em equipe pode ser aprimorado para a garantia da segurança do paciente (Scott-Cawiezell, Vogelsmeier, 2006).

Bibliografia
BAKER, D.; SALAS E.; BARARACH, P.; ET AL., The relation between teamwork and patient safety. In P. Carayon, (Ed) Human Factors and Ergonomics in Patient Safety. Mahwah, NJ:LEA, 2007.
MAKARY, M.; SEXTON, B.; FREISCHLAG, J., et al. Operating room teamwork among physicians and nurses: Teamwork in the eye of the beholder. Journal of American College of Surgeons, 202, 746-752, 2006.
OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Human Factors in Patient Safety: review of Topics and Tools. p. 4, 2009. Disponível em <http//www.who.int/patientsafety/en/>
SCHAEFER, H.; HELMREICH, R.; SCHEIDEGGAR, D..Human factors and safety in emergency medicine. Resuscitation, 28, 221-225, 1994.
SCOTT-CAWIEZELL, J. & VOGELSMEIER, A. Nursing home safety: a review of the literature. Annual Review of Nursing Research, 24, 179-215, 2006.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Projeto obriga plano de saúde a fornecer prótese e órtese pós-cirurgia

Convênios médicos têm vetado o fornecimento desses insumos mesmo quando são necessários para a realização de procedimentos médicos autorizados

por Agência Câmara de Notícias

A Câmara analisa o Projeto de Lei 657/11, do deputado Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE), que obriga os planos de saúde a fornecer prótese, órtese e seus acessórios, quando sua utilização for considerada indispensável e comprovadamente necessária ao sucesso da intervenção cirúrgica ou tratamento hospitalar decorrente dessa intervenção. A proposta altera a lei dos planos e seguros privados de assistência à saúde (9.656/98).
Segundo Cadoca, os convênios médicos têm vetado o fornecimento desses insumos mesmo quando são necessários para a realização de procedimentos médicos autorizados. No entanto, a lei estabelece que não há cobertura para próteses e órteses apenas quando não estão relacionadas a atos cirúrgicos.
“Não faz sentido que o plano de saúde assegure a cobertura da intervenção cirúrgica ou dos tratamentos dela decorrentes, sem disponibilizar os recursos essenciais para essa finalidade”, argumenta Carlos Eduardo Cadoca.
Tramitação
A proposta foi apensada ao PL 4076/01, que inclui nos planos de saúde a cobertura de consultas, exames e demais procedimentos ambulatoriais de caráter preventivo. Os projetos serão analisados pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Conselho Federal de Medicina cria novas áreas de atuação médica

Além das Medicinas do Sono, Paliativa e Tropical, que passam a existir oficialmente, também foram ampliadas as áreas de atuação de Medicina de Dor e da Hepatologia

por CFM

A Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) 1973/2011, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (1º), cria três novas áreas de atuação médica: medicina do sono, medicina paliativa e medicina tropical. Área de atuação é um ramo de especialidade médica. Ao ingressar em programa de residência da especialidade infectologia, por exemplo, o profissional pode, a partir de agora, receber treinamento adicional específico na área de medicina tropical.
“Mudanças nas características de determinados ramos da medicina exigem adaptações de nomenclatura e de distribuição das atenções profissionais; isso é próprio do caráter orgânico da profissão”, avalia Carlos Vital, 1º vice-presidente do Conselho e membro da Comissão Mista de Especialidades. A resolução nº 1.973/11 foi aprovada pelo CFM e entra em vigor na data de sua publicação.
Medicina paliativa
A resolução do CFM associa a área de medicina paliativa às especialidades clínica médica, cancerologia, geriatria e gerontologia, medicina de família e comunidade, pediatria e anestesiologia. De acordo com a médica Maria Goretti Sales Maciel, diretora do Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo, a criação da área traz mais visibilidade a um tipo de trabalho médico que já existe e é realizado com rigor científico.
“A medicina paliativa foi reconhecida no Reino Unido em 1987. A assistência e os estudos da área avançaram muito desde então; processo análogo deve ocorrer aqui”, ressalta Maciel, que é membro da câmara técnica sobre terminalidade da vida e cuidados paliativos do CFM e foi a primeira presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP).
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 65% dos portadores de doenças crônicas que ameaçam a vida necessitam de cuidados paliativos. Com a publicação da norma que cria esta área, a comissão nacional de medicina paliativa da Associação Médica Brasileira (AMB) definirá os critérios para o reconhecimento dos primeiros paliativistas titulados do país.
 Medicina tropical
A área de atuação medicina tropical, vinculada à especialidade infectologia, é dedicada ao estudo e tratamento de doenças como malária, febre amarela, dengue, esquistossomose e leishmaniose, típicas de regiões tropicais. Na avaliação do médico Juvêncio Dualib, chefe do setor de infectologia do Hospital de Heliópolis, em São Paulo, a especialidade é derivada do campo de estudo da medicina tropical, mas atualmente abrange um vasto número de doenças.
“A medicina tropical ocupa importante espaço da infectologia, por isso há infectologistas que se dedicam especificamente a doenças tropicais; com o reconhecimento da área, os pacientes passarão a saber que existem especialistas dedicados a esse grupo específico de doenças”, afirma. Dualib é professor da Faculdade de Medicina do ABC e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, instituição que deverá aplicar as provas a que deverão se submeter os médicos que buscarem titulação na nova área.
Outras mudanças
Com a resolução publicada nesta segunda, a área de atuação dor, que era associada somente às especialidades anestesiologia e neurologia, passa a ser associada adicionalmente a acupuntura, medicina física e reabilitação, neurocirurgia e ortopedia e traumatologia. Além disso, a especialidade medicina legal passa a ser denominada medicina legal e perícia médica. Deixaram de ser tratadas como áreas de atuação: cirurgia de coluna, perícia médica, reprodução humana e medicina aeroespacial. Também houve ampliação no número de especialidades vinculadas à área de atuação hepatologia, que, a partir de agora, ainda manterá ligações com a clínica médica e a infectologia.

Implante de “ouvido” passa a ter cobertura de plano de saúde

Com a implantação do equipamento eletrônico denominado "ouvido biônico", pacientes que possuem surdez total ou parcial são beneficiados

por Agência Brasil

O implante coclear passa agora a fazer parte dos procedimentos cobertos pelos planos de saúde. O implante coclear, conhecido como “ouvido biônico”, é um equipamento eletrônico computadorizado que substitui totalmente o ouvido de pessoas com surdez total ou parcial.
A resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União. O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). O AASI amplifica o som e o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimular as fibras neurais em diferentes regiões.
O aparelho, considerado uma das maiores conquistas da engenharia ligada à medicina, existe há alguns anos e atualmente é usado por mais de 100 mil pessoas no mundo, segundo o Grupo de Implante Coclear do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

“Decisão da ANS pode prejudicar planos de saúde”, diz Abramge

Segundo a Abramge, novo rol acarretará mais dificuldade para a sustentabilidade dessas operadoras, importantes na capilaridade do sistema em todo país

por Agência Brasil|Carolina Pimentel

 A inclusão de mais 60 procedimentos médicos na cobertura obrigatória dos planos de saúde poderá prejudicar a situação financeira das operadoras, alertou a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge).
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou hoje (2) a lista com cerca de 60 serviços que terão de ser oferecidos pelos planos de saúde a partir de janeiro de 2012.
“Segundo as operadoras de planos de saúde do segmento da medicina de grupo, trata-se de um absurdo que pode custar a falência de algumas operadoras, principalmente aquelas de pequeno e médio porte. O novo rol acarretará mais dificuldade para a sustentabilidade dessas operadoras, importantes na capilaridade do sistema em todo país. Além disso, o que preocupa é a falta de recursos técnicos e humanos – médicos e equipamentos de alto custo – para realizar esses novos procedimentos fora dos grandes centros”, diz a Abramge, em nota.
Quando a lista de serviços entrar em vigor, em 2012, a ANS vai monitorar as operadoras, para detectar possíveis reflexos financeiros. Caso isso venha a ocorrer, o custo adicional será incluído no reajuste posterior das mensalidades pagas pelos usuários, que é autorizado anualmente pela ANS.
De acordo com a agência, os novos serviços não devem trazer aumento de despesas às operadoras de planos de saúde, porque a maioria dos procedimentos autorizados é cirurgia em vídeo, feitas por câmeras especiais. Ainda segundo a ANS, a cirurgia em vídeo é menos invasiva do que o método tradicional e reduz o tempo de internação do paciente. Dos 60 novos procedimentos, 41 são cirurgias desse tipo.
Na última revisão da lista de serviços, feita em 2010, não foi identificado impacto financeiro para o setor, segundo a agência. Naquela ocasião, foram incluídos 80 procedimentos médicos. Em 2008, quando também houve uma atualização da lista, o impacto foi de 1,1%. A lista de cobertura obrigatória é revisada a cada dois anos pela ANS.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 15 grupos de operadoras, informou, em nota, que os novos serviços serão rigorosamente cumpridos pelas empresas filiadas.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

“Saúde está mais complexa, mais eficaz, porém menos segura”, diz presidente do Coren – SP

por Cínthya Dávila

Para o presidente do Coren-SP, Claudio Alves Porto, é preciso que o sistema de saúde seja transformado para que a segurança do paciente seja garantida

Desempenhar um atendimento assertivo e livre de riscos, conscientizando os profissionais sobre sua importância e a consequência de seus atos são alguns dos objetivos que a esfera da enfermagem almeja. Segundo o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, Coren – SP, Claudio Alves Porto, a saúde está mais complexa, mais eficaz, porém menos segura.
“Atualmente existem muitos avanços tecnológicos e, muitas vezes, não conseguimos acompanhar. É preciso que o sistema de saúde seja transformado para que a segurança do paciente seja garantida”.
Em sua explanação no 3º Seminário Paulista de Gestão em Enfermagem, (Sepage), realizado na última sexta-feira, (22), em São Paulo, Porto chamou atenção para o fato de que a Organização Mundial de Saúde estima que um em cada dez pacientes possa ser vitima de erros e eventos adversos durante a prestação de serviços. E completou ao dizer que a hospitalização é responsável por aproximadamente 15 mil mortes por ano.  
Segundo Porto, os erros ocorridos em pacientes são problemas antigos de âmbito mundial, que envolvem questões éticas e institucionais.
“Quando um enfermeiro comete um erro, ele está se deparando com uma questão ética na profissão. Além disso, existem também as questões institucionais, que afetam diretamente a imagem que a unidade de saúde”.
Diante dessa realidade, o presidente do Coren-SP explica que existem certas medidas preventivas que podem ser úteis para que os erros sejam evitados.
“Muitas vezes realizamos os procedimentos sem que alguém esteja olhando. E, se vemos alguém nos observando não gostamos. Mas é preciso aprender a não ter medo que o colega saiba mais do que você”.
Além disso, para Porto, muitos erros poderiam ser evitados se houvesse mais cautela na troca de plantão.
“A ronda do plantão é um ato negligenciado, os profissionais devem ter consciência da importância desta prática. Se não for leito a leito, deve ser porta a porta.”.
Ele ressalta que o procedimento correto seria enquanto um está passando o plantão para o turno seguinte o outro responsável levanta o lençol e vê como o paciente está.
Importância do gestor
Porto também chama atenção para a importância do gestor na rotina hospitalar. “Antes de designa funções, o gestor deve treinar sua equipe para poder delegar as funções melhor resultado”.
Além disso, segundo o presidente, os hospitais devem aderir a uma política de educação continuada. “Quanto mais um profissional conhece mais ele sabe. Dessa forma, é possível fazer as pessoas acreditarem que segurança é prioridade de todos”.
O presidente do Coren-SP encerra sua apresentação ao dizer que os erros estão sempre próximos dos profissionais, é importante ter inteligência de percebê-los.